Palavra da vez: desapego! Para viver o ballet adulto.

Desde 2009, foquei minha vida no ballet. Talvez bem mais de quando adolescente.

Para ser professora, a pedido de muitos amigos e estimuladores, para o meu grupo, composto basicamente de adultos que já haviam dançado na adolescência, bem como novatos que estavam se jogando na experiência de aprender ballet, eu tinha que ser mais aluna ainda.

Busquei aprimoramento para professores e procurava fazer aula todos os dias. No meu caso estudava o que me era ensinado e depois procurava estudar isso nos meus alunos.

Para ser uma boa professora, tenho que ser uma excelente aluna.

Correções não podem me frustar. Preciso compreender que o que está sendo dito, independentemente do tom de voz do meu professor, é para focar minha atenção no movimento. Para desconstruir as posturas musculares adquiridas no dia a dia, que são diferentes das requeridas para a pratica refinada do ballet, colocar intenção e poder chegar onde o movimento acontece.

Descobri, sendo aluna, que existe um momento de desapego necessário para compreender a movimentação do ballet.

  1. Desapegar-se de quem somos, e, do que sabemos sobre nós, ou, sobre a ‘matéria’ que estamos estudando. Principalmente para nós adultos. Como assim? Se quando meu professor sugere uma correção (mesmo que o tom de voz dele te incomode), e a gente pensa: mas eu não sei, ou, me ensinaram diferente, ou, que medo, ou meu corpo não consegue, ou ainda, eu não consigo, e até mesmo, que difícil. Tudo isso foi processado no seu cérebro antes das palavras do seu professor, e seu corpo já reagiu motoramente às sensações que você o ordenou. Desapegar-me de mim mesma é a cada dia mais libertador! As palavras de orientação de meus professores viram a única coisa que penso e assim vou ‘mandando’ meu cérebro coordenar meus movimentos, :).
  2. Desapegar-se de nossas posturas adquiridas. Nossas posturas nada mais são que as informações transmitidas pelos nossos neurotransmissores, após um episódio vivido. Por exemplo, como ficamos quando sentimos medo? Ou quando nos defendemos? Ou quando triste estamos? Tudo isso mexe com nossa musculatura, e, no momento no qual estamos explorando novas posturas, nosso corpo se sente incomodado, caso algum desses sentimentos apareça durante a aula, na horaele reage, reconhecendo o padrão muscular que ele tem que executar, por pura proteção. Ou seja, se a gente passa a identificar o que está acontecendo com nosso ’emocional’ , podemos bloquear na hora o padrão muscular, e buscar um novo movimento!
  3. Desapegar-se da forma. Forma é aquilo captado na foto. Forma é aquilo que não é movimento. O ballet é movimento e não forma. Construir de dentro para fora, e não de fora para dentro. E isso leva tempo. Não busque copiar o que vê, e faze-lo a todo custo. Procure sentir o movimento, buscando saber onde ele começa, qual o caminho a ser percorrido na ida e na volta… E o movimento vai acontecendo… Afinal inclusive enquanto estamos paradas no ballet estamos nos movimentando… e é a isometria mais dolorida, por sinal. Ou seja cada bailarino é único, principalmente nós que estamos fora da linha padrão de físico. Buscar sua identidade em seus movimentos, buscando executa-los corretamente, vai ser incrível!
  4. Desapegar-se do que é cômodo, de se acomodar. Parece clichê, mas o ballet é a arte do mínimo, da conquista diária… manutenção é ainda mais difícil que conquista ou declínio. Não é confortável, incomoda, faz pensar, desafia nosso ego diariamente. Mas cada conquista, mínima, nos permite uma sensação incrível.

Porque tudo isso?

A musculatura que a gente trabalha no ballet é a musculatura de sustentação do esqueleto, e a musculatura que usamos todos os dias são os grande músculos superficiais. Então, se não nos desapegarmos, nosso corpo vai usar aquilo que já conhece… E fazer ballet clássico é desbravar músculos desconhecidos como geradores de movimento. É preciso estar quase em ‘transe’, quase meditando, para esse encontro tão intimo de seus neurotransmissores com seus músculos… É preciso concentração e seriedade, para que esse momento de intimidade aconteça…

Essa é minha experiência diária com o ballet, com o aprender e o ensinar.

Cada dia uma nova e incrível descoberta!

Convido vocês para virem conhecer meu trabalho e de minha equipe!

Há 8 anos, o BalletAdultoKR® – Seu sonho levado a sério, busca o aprimoramento técnico e emocional para melhor atender o público adulto que deseja aprender ballet clássico.

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Um beijo!

Karen Ribeiro

1 Tabela 2017 2º semestre

 

 

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